Próteses penianas no tratamento da disfunção erétil: a casuística de 13 anos

Autores

  • Serviço de Urologia, Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (CHTMAD), Vila Real, Portugal
  • Serviço de Cirurgia Plástica e Queimados, Centro Hospitalar Universitário de Coimbra (CHUC), Coimbra, Portugal
  • Serviço de Urologia e Transplantação Renal, Centro Hospitalar Universitário de Coimbra (CHUC), Coimbra, Portugal
  • Serviço de Urologia e Transplantação Renal, Centro Hospitalar Universitário de Coimbra (CHUC), Coimbra, Portugal
  • Serviço de Urologia e Transplantação Renal, Centro Hospitalar Universitário de Coimbra (CHUC), Coimbra, Portugal
  • Serviço de Urologia e Transplantação Renal, Centro Hospitalar Universitário de Coimbra (CHUC), Coimbra, Portugal
  • Serviço de Urologia e Transplantação Renal, Centro Hospitalar Universitário de Coimbra (CHUC), Coimbra, Portugal

DOI:

https://doi.org/10.24915/aup.33.3.32

Palavras-chave:

Disfunção erétil, Tratamento, Prótese peniana, Satisfação

Resumo

Introdução e objetivos

A colocação de próteses penianas (PP) é um tratamento comum e bem estabelecido na correção da disfunção erétil (DE) refratária ou com contraindicação ao tratamento médico. Embora seja a opção mais invasiva, apresenta altas taxas de satisfação dos doentes. O objetivo deste estudo consistiu em avaliar os resultados cirúrgicos e a satisfação dos doentes, após a implantação de PP em 25 pacientes tratados no Centro Hospitalar Universitário de Coimbra (CHUC).

Material e métodos

Avaliámos 25 doentes com disfunção erétil (DE) orgânica submetidos a implantação de PP, insufláveis e semirrígidas, entre novembro de 2000 e novembro de 2013. Os dados analisados foram obtidos a partir dos registos clínicos e entrevista telefónica, e englobavam a severidade clínica, comorbilidades, etiologia, tipo de PP, complicações cirúrgicas, necessidade de reintervenção e grau de satisfação do doente.

Resultados

Oitenta e oito por cento dos doentes apresentavam DE grave. As principais etiologias relatadas foram: multifatorial (46,4%), arteriogénica (24%) e neurológica (16%). A maioria dos dispositivos implantados foram próteses do tipo insuflável (84%). Em 80% dos procedimentos cirúrgicos não foram relatadas complicações, sendo que a taxa de reintervenção foi de 20%. A percentagem de doentes satisfeitos/muito satisfeitos foi relativamente alta (65%).

Discussão/conclusão

A colocação de PP continua a ser uma excelente alternativa para restaurar a função erétil nos doentes cujas terapias médicas falharam. Apesar do seu caráter invasivo, a implantação de PP demonstrou estar associada a uma baixa taxa de complicações e a alto grau de satisfação dos doentes.

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Publicado

2017-04-10

Edição

Secção

Artigo Original