Introdução pelo Próprio de Corpos Estranhos na Uretra e Bexiga - Relato de Três Casos Pediátricos

Autores

  • Hospital Dona Estefânia, Centro Hospitalar Lisboa Central, Lisboa, Portugal
  • Hospital Prof. Doutor Fernando Fonseca, Amadora, Portugal
  • Hospital Dona Estefânia, Centro Hospitalar Lisboa Central, Lisboa, Portugal
  • Hospital Dona Estefânia, Centro Hospitalar Lisboa Central, Lisboa, Portugal

DOI:

https://doi.org/10.24915/aup.37.1-2.126

Palavras-chave:

Bexiga Urinária, Corpos Estranhos, Criança, Uretra

Resumo

Os corpos-estranhos introduzidos pelo próprio na uretra e bexiga são raros nas crianças. Apresentamos três casos e discutimos a sua apresentação clínica, diagnóstico e abordagem. No caso 1, um jovem de 16 anos introduziu um arame na uretra e parcialmente na bexiga três dias antes. No caso 2, uma criança de 4 anos introduziu um gancho de cabelo na uretra no mesmo dia. No caso 3, um jovem de 11 anos recorreu a urgência por ter introduzido uma agulha de coser na uretra algumas horas antes. Procedeu-se a uretrocistoscopia e cistostomia supra-púbica para remover os corpos estranhos. A apresentação clínica de corpos estranhos uretrovesicais pode variar significativamente, bem como o tipo de objeto inserido. A abordagem de remoção de corpos estranhos é determinada pela morfologia dos corpos estranhos bem como pelas condições do doente, tendo como objetivo minimizar o trauma urotelial e preservar a função erétil.Otratamento definitivo habitual é a remoção endoscópica, contudo por vezes pode ser necessário intervenção cirúrgica. É recomendado um seguimento de longa-duração, que é necessário para diagnosticar complicações a longo-prazo, nomeadamente estenose da uretra.

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Publicado

2020-07-17